Mesmo sem serem vistos a olho nu, alguns dos seres mais importantes da Terra são microscópicos. Eles sustentam a vida como a conhecemos, seja na produção de oxigênio, na reciclagem de nutrientes, mantendo o solo fértil e até regulando o clima. Esses organismos invisíveis atuam de forma silenciosa, mas essencial, em praticamente todos os ecossistemas do planeta.
A seguir, conheça oito micro-organismos fundamentais para o equilíbrio ambiental e o funcionamento da biosfera.
8 organismos invisíveis que mantêm o planeta funcionando
Fitoplâncton
O fitoplâncton é um conjunto de microalgas e cianobactérias que flutua nas camadas superficiais dos oceanos e lagos. Ele é a base da cadeia alimentar marinha e responsável por cerca de 50% do oxigênio da atmosfera, superando até mesmo as florestas tropicais nesse papel.
Por meio da fotossíntese, o fitoplâncton também captura enormes quantidades de dióxido de carbono (CO₂), ajudando a regular o clima global. Quando morre, parte desse carbono afunda para o fundo do mar, reduzindo o efeito estufa.
Sem ele os oceanos seriam bem menos vivos, visto que são a base da cadeia alimentar aquática e um dos principais reguladores do equilíbrio ambiental e climático do planeta.
Cianobactérias

As cianobactérias são os organismos fotossintetizantes mais antigos da Terra, surgidos há mais de 2,5 bilhões de anos. Elas foram as primeiras a liberar oxigênio na atmosfera, tornando possível o surgimento da vida complexa.
Além disso, muitas espécies conseguem “consertar” o nitrogênio atmosférico, transformando-o em uma forma utilizável por plantas e outros seres vivos.
Esse processo é essencial para a fertilidade dos solos e para a produtividade dos ecossistemas aquáticos e terrestres.
Bactérias Decompositoras

Essas bactérias atuam como recicladoras do planeta. Elas decompõem folhas, troncos, restos de animais e outras matérias orgânicas mortas. Ao fazer isso, liberam nutrientes vitais como nitrogênio, carbono e fósforo de volta ao solo e à água, tornando-os disponíveis para novas formas de vida.
Sem a ação dessas bactérias, a Terra se transformaria em um grande depósito de matéria em decomposição, e os nutrientes ficariam presos, impedindo o surgimento de novas gerações de organismos.
Fungos Micorrízicos

Os fungos micorrízicos formam associações simbióticas com as raízes da maioria das plantas, criando uma rede subterrânea que conecta diferentes espécies vegetais. Essa conexão permite uma troca eficiente de nutrientes, água e sinais químicos, ampliando a capacidade das plantas de crescerem mesmo em solos pobres.
Em florestas, essas redes são conhecidas como a “internet das plantas”, sustentando árvores, arbustos e gramíneas. Sem elas, muitos ecossistemas vegetais simplesmente não conseguiriam sobreviver.
Bactérias Fixadoras de Nitrogênio (Rizóbios)

Essas bactérias vivem em nódulos nas raízes de leguminosas como feijão, soja e ervilha. Elas convertem o nitrogênio gasoso (N₂) da atmosfera, inúteis para as plantas, em compostos como amônia e nitratos, que podem ser absorvidos e utilizados para o crescimento vegetal.
Esse processo de fixação biológica de nitrogênio é indispensável para manter o solo fértil, reduzir a necessidade de fertilizantes químicos e sustentar a agricultura natural.
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Diatomáceas

As diatomáceas são algas unicelulares envoltas por uma carapaça de sílica, responsáveis por uma parte significativa da produção de oxigênio do planeta. Elas compõem uma porção importante do fitoplâncton e são fundamentais para o equilíbrio marinho.
Além de realizarem fotossíntese, as diatomáceas capturam grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂), atuando como importantes sumidouros de carbono, sistemas naturais que absorvem mais CO₂ da atmosfera do que emitem.
Quando morrem, suas carapaças afundam e se acumulam no fundo dos oceanos, aprisionando o carbono por milhares de anos e contribuindo, assim, para a redução dos gases de efeito estufa e o combate às mudanças climáticas.
Arqueas Metanogênicas

As arqueas metanogênicas vivem em locais com pouco ou nenhum oxigênio, como pântanos, vulcões submersos e intestinos de animais ruminantes. Elas produzem metano (CH₄) durante seu metabolismo, desempenhando papel vital no ciclo global do carbono.
Embora o metano seja um gás de efeito estufa, o equilíbrio entre sua produção e consumo é essencial para o controle climático. Sem essas arqueias, parte da decomposição biológica simplesmente deixaria de ocorrer.
Protozoários

Os protozoários, como amebas e ciliados, são predadores naturais de bactérias e outros micro-organismos. Eles controlam o crescimento dessas populações, evitando desequilíbrios e mantendo os nutrientes circulando entre as camadas do solo e da água.
Esses seres microscópicos também desempenham um papel essencial nas teias alimentares microbianas, atuando como elo entre os níveis mais simples e os mais complexos dos ecossistemas.
Dessa forma, conectam o mundo invisível dos micro-organismos aos ecossistemas visíveis, contribuindo para a fertilidade do solo, a qualidade da água e o equilíbrio da vida em diferentes ambientes.
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